segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Pobreza na Infância

A proporção de crianças que vivem na pobreza aumentou em 17 nações ricas desde o início da década de 90. O estudo analisou 26 dos 30 países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). A pesquisa aponta as condições do mercado de trabalho e a aplicação das políticas governamentais entre os factores determinantes para o índice de pobreza na infância nos países analisados. E   Essa taxa pode ser reduzida até 40% se houver mais investimento governamental com benefícios sociais à família.
Partimos do pressuposto de que os padrões de intervenção social na área da infância inicialmente atrelam-se a formas arcaicas de controle social, articuladas em torno da caridade tradicional e de diferentes formas de caridade – que caracterizam os primeiros séculos de domínio colonial imperial e republicano e que no século XX vão compor o quadro das políticas sociais, sobretudo as de porte assistencial.




          Assim, a infância dos pobres é atravessada por uma forma específica de aparecimento social, determinada predominantemente por relações desiguais de sociabilidade regidas pelos perversos caminhos da desigualdade social e geradoras das modernas formas de caridade e assistência.
Portugal é o segundo país da Europa com maior risco de pobreza infantil, apenas ultrapassado pela Polónia, ambos com 20%. Uma em cada cinco crianças portuguesas está exposta à pobreza, de acordo com um relatório da Comissão Europeia publicado na passada semana. Portugal é um dos oito países da Europa onde se registam níveis mais elevados de pobreza infantil, mais especificamente, nas que vivem com adultos empregados.
O relatório indica que o risco abrange tantas crianças que vivem com adultos desempregados como as que vivem em lares onde há emprego.
Na formação social brasileira, a organização do sistema de intervenção social na infância começa a ser estruturada numa conjuntura marcada pela expansão do industrialismo e pela acentuada urbanização, em que a questão social tomava gigantescas proporções. Nessa conjuntura, os filhos da classe trabalhadora eram submetidos às mais cruéis formas de exploração e aviltamento, sobrevivendo em precárias condições. É nesse panorama que surge a questão social relacionada à infância, atingindo as crianças abandonadas e expostas às mais perversas perspectivas de sobrevivência, que encontram nas ruas os meios de reprodução quotidiana.
Entre os países da América do Sul, a população do Brasil é apontada como mais pobre que a de Chile, Guiana, Uruguai e Argentina, e empata com a Colômbia. Países com maior percentual de população pobre, segundo os critérios internacionais, seriam Bolívia, Paraguai, Venezuela, Equador e Peru.
A pobreza no Brasil está claramente concentrada na infância e na adolescência. O último censo demográfico do IBGE apontou 33,5% da população total em famílias com renda per capita de até meio salário mínimo. Quando se trata de meninas e meninos, esse percentual sobe para 45%, o que representa 27,4 milhões de crianças e adolescentes vivendo em situação de pobreza.

1 comentário:

  1. A pobreza na infância é um problema que cada vez mais se ve na nossa sociedade... Estas crinças por vezes vivem perante uma pobreza extrema, pois os pais não têm dinheiro para os sustentarem...

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